ATIVIDADE 1 – LET – PRODUÇÃO TEXTUAL II – 54/2023

Como estudante do curso de Letras- Português/Inglês, ao longo do curso, você precisa redigir
diversos gêneros científicos como o artigo científico e a monografia. Após o término da graduação,
espera-se que você participe de um programa de pós-graduação lato sensu ou stricto sensu, o que
efetivamente vai exigir que continue a redigir gêneros científicos como artigo científico, dissertação
e/ou tese. Em todos esses gêneros científicos, tem-se a presença de um resumo. Agora, sua tarefa é
ler o texto a seguir, um fragmento de um artigo científico.
Texto 1
A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) E O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS NO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO: CONCHAVES TEÓRICOS
Francisco Renato Lima
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento oficial, construído na vigência da Política
Nacional de Educação (PNE) (2014-2024) (BRASIL, 2014), a partir de três versões de consulta pública (BRASIL,
2015; 2016; 2017), e, as versões oficiais: Educação Infantil e Ensino Fundamental; e do Ensino Médio,
respectivamente, aprovadas no final de 2017 (BRASIL, 2017) e de 2018 (BRASIL, 2018). A priori, no discurso
educacional oficial, ela traz uma proposta de unificar o ensino escolar na Educação Básica, em todo o país,
contemplando os diversos componentes curriculares do ensino, respeitando as variedades regionais
históricas, ideológicas e culturais inerentes à cultura heterogênea e plural do país.
Mas, antes de adentrar o olhar sobre o referido documento oficial, é importante situar, pelas lentes de
Aguiar (2018, p. 15), um breve retrospecto histórico, que evidencia a evolução e a continuidade no campo
das políticas públicas educacionais no Brasil, para se compreender o estágio atual:
A temática Base Nacional Comum não é um assunto novo. Está prevista na Constituição de 1988 para o
Ensino Fundamental, e foi ampliada para o Ensino Médio com a aprovação do Plano Nacional de Educação
(PNE), a partir da Lei 13.005/2014, em consonância com a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – LDB,
que define as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Em nossa história recente de organização da educação, identificamos propostas que se assemelham ao que
hoje se denomina de Base Nacional Comum. Por exemplo, na década de 1980, surgiram os “Guias
Curriculares”, nos anos 1990, os “Parâmetros Curriculares”. Neste percurso histórico, as “Diretrizes
Curriculares Nacionais” constituíram-se em efetivo avanço na agenda educacional ao delinear as concepções
político-pedagógicas para todas as etapas e modalidades da Educação Básica, em atendimento ao previsto
na atual LDB, contribuindo, efetivamente, para a implantação da nova estrutura de educação então
instituída.
Nesse sentido, as mudanças decorrentes da implantação dessas políticas oficiais, em especial, as mais
recentes, decorrentes da BNCC, implicam diretamente na (re) organização do currículo escolar e na prática
pedagógica dos professores de todos os componentes curriculares, principalmente, no tocante às
competências e habilidades previstas de serem desenvolvidas e os desafios de aplicação no contexto da sala
de aula.
Quanto ao trabalho específico com o componente curricular Língua Portuguesa (LP), que passa a integrar a
área de Linguagens, é preciso destacar que, para bem situar a contribuição que a BNCC traz hoje e o
impacto que ela tem sobre o ensino da língua e dos gêneros textuais, em especial, não se pode ignorar a
importância dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) (BRASIL, 2018), que, há vinte anos, plantaram
sementes, que alicerçaram uma proposta de trabalho com a língua e que, agora, a BNCC, veio dá corpo aos
PCN, ao esmiuçar, de modo mais detalhado e pormenorizado, por meio de ‘competências’ e ‘habilidades’, os
‘conteúdos’ e os ‘objetivos’ de ensino definidos no documento de 1998.
Na sua versão final, de 2018, ela incorpora todas as anteriores, constituindo-se em um documento único,
contendo 600 páginas que, além de trazer os três níveis da Educação Básica, ainda traz todos os
componentes curriculares obrigatórios ao ensino. Assim, tem-se um texto que divide-se em: uma
“apresentação” geral; uma “introdução”; a “Estrutura da BNCC”; “A etapa da Educação Infantil”; “A etapa do
Ensino Fundamental”; e “A etapa do Ensino Médio”.
Essa discussão se detém a essas duas últimas etapas, com foco nas competências e nas habilidades previstas
para o ensino da língua materna. No Ensino Fundamental, do 1º ao 5º ano, por exemplo, contempla:
“Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)”; “Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)”;
“Oralidade”; “Análise linguística/semiótica (Alfabetização)”; “Escrita (compartilhada e autônoma)”; e “Análise
linguística/semiótica (Ortografização)”. E, do 6º ao 9º ano, contempla: “Leitura”; “Produção de textos”;
“Oralidade (Considerar todas as habilidades dos eixos leitura e produção que se referem a textos ou
produções orais, em áudio ou vídeo)”; e “Análise linguística/semiótica”.
Fonte: https://revistadissertar.adesa.com.br/index.php/revistadissertar/article/view/316/516. Acesso em: 21
jul. 2023.
Após leitura do texto A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o trabalho com os gêneros textuais
no ensino fundamental e médio: conchaves teóricos, de Francisco Renato Lima, divulgado na Revista
Dissertar, você deverá produzir um resumo, com no mínimo 10 e no máximo 20 linhas, expondo as
ideias centrais do texto-fonte e fazendo uso dos aspectos linguístico-discursivos que demonstrem
que o texto produzido pertence ao gênero resumo acadêmico. É importante lembrar que as
informações não devem ser copiadas literalmente.

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